daqui redactor que até tem barbas, embora, regressado ao inferno lisboeta, já não o tom profético com que dizia "ói". Pois, Sines.
Lembram-se de Gaiteiros e de como a dança nos contagiou a todos. Lembrar-se-ão do rapper K'naan e de como achava o Bronx um sítio com qualidade de vida; do rapper MelD "os caretes, dispara!"; do Vusi Mahlasela e do seu apelo "palmas pro Bill Gates, que doou uma migalhinha pra África"; dos finlandeses do heavy-metal; dos indianos...
Lembrar-se-ão das manhãs amotivadas, das tardes de sardinhada, com bandas improvisadas a fazerem a festa.
Não se lembrarão tão bem de muitas outras coisas mas, para mais tarde recordar, temos os instantezinhos de vida que, com mais ou menos sobriedade, quisemos reter em formato digital. Venham lá as fotos e veremos que reputações é que se aguentam...
«Dizem que é o festival dos "friques". A expressão é destituída de qualquer rigor científico, mas que os há, há. Aos milhares. Saias indianas e túnicas andinas. Trapos às manchas de aguarela, sandálias. Brincos, piercings e tatuagens. Madeixas à rastafari. Barretes de tricô. Lenços do extremo oriente, turbantes do médio oriente. Camisas aos ananazes, bermudas de camuflado, anéis góticos, pulseiras de skinhead. «Parece que os ícones se baralharam. O catálogo está de tal forma sobrecarregado que a confusão se instalou, já não há grupos específicos. Apenas uma espécie de tribo global. Parece. Mas nada disto está comprovado pela Sociologia.»
3 comentários:
com bolachas a acompanhar e o radector de barbas desaparecido =)
daqui redactor que até tem barbas, embora, regressado ao inferno lisboeta, já não o tom profético com que dizia "ói".
Pois, Sines.
Lembram-se de Gaiteiros e de como a dança nos contagiou a todos. Lembrar-se-ão do rapper K'naan e de como achava o Bronx um sítio com qualidade de vida; do rapper
MelD "os caretes, dispara!"; do Vusi Mahlasela e do seu apelo "palmas pro Bill Gates, que doou uma migalhinha pra África"; dos finlandeses do heavy-metal; dos indianos...
Lembrar-se-ão das manhãs amotivadas, das tardes de sardinhada, com bandas improvisadas a fazerem a festa.
Não se lembrarão tão bem de muitas outras coisas mas, para mais tarde recordar, temos os instantezinhos de vida que, com mais ou menos sobriedade, quisemos reter em formato digital. Venham lá as fotos e veremos que reputações é que se aguentam...
«Dizem que é o festival dos "friques". A expressão é destituída de qualquer rigor científico, mas que os há, há. Aos milhares. Saias indianas e túnicas andinas. Trapos às manchas de aguarela, sandálias. Brincos, piercings e tatuagens. Madeixas à rastafari. Barretes de tricô. Lenços do extremo oriente, turbantes do médio oriente. Camisas aos ananazes, bermudas de camuflado, anéis góticos, pulseiras de skinhead.
«Parece que os ícones se baralharam. O catálogo está de tal forma sobrecarregado que a confusão se instalou, já não há grupos específicos. Apenas uma espécie de tribo global. Parece. Mas nada disto está comprovado pela Sociologia.»
in PÚBLICA, 6 de Agosto de 2006
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