Estamos em directo na SIC Notícias. Hoje, no programa Opinião Pública, está em debate a aplicabilidade do modelo "Flexigurança" no mercado de trabalho português, bem como as respectivas implicações na lei laboral. Os entendidos referem que este esquema é actualmente aplicado nos países nórdicos, com grande sucesso.
"Flexigurança" é, como podem inferir, um neologismo resultante da aglutinação de "FLEXIBILIDADE" com "SEGURANÇA". Latentes, parecem estar uma incoerência, um paradoxo, uma falácia. Pretende facilitar os actos de contrato e despedimento, estimulando assim a flexibilidade dos trabalhadores e dos quadros de recursos humanos em que estes se incluem, incentivando a competitividade* entre as empresas. Pretende, simultaneamente, promover níveis mais elevados de segurança e protecção dos desempregados. Quanto ao primeiro propósito, parece-me que consistirá na alteração de alguns aspectos do regulamento burocrático. Quanto à segunda afirmação, intriga-me - por me parecer demasiado vaga para ser credível.
* Salvaguardo que, contra a competitividade per se, não tenho nada. Nem com o próprio, nem com os outros. Parece-me até ser eficaz na contribuição para a concretização de etapas evolutivas. No entanto, admiro o fair play. Facilitar os despedimentos soa-me a induzir foras-de-jogo.
1 comentários:
Apetece perguntar se o "sucesso" é na flexibilidade ou na segurança. O olhar tende a ser cada vez mais desconfiado...
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