Boa Viagem
R. é a rapariga que inventou o nome «Madeixas do Bicho». É a rapariga dos caracóis risonhos e das saias-de-roda filosóficas, que me fazem ficar a pensar que a roupa, apesar da profanação pela moda e da massificação da venda-consumo pela indústrias de confecção, ainda pode ser uma janela de expressão, o início de uma conversa. É a rapariga das cerejas, das ameixas pretas e da cor-de-tinto. É a rapariga que fugiu ao fado, dançou comigo o drum'n'bass e amanheceu depois. E, por fim mas não menos importante, a única pessoa que conheço que é capaz de saltar do chão para um sofá dentro de um saco-cama.
2 comentários:
Olha! São os meus caracóis. E o rio que atravessámos para chegar a Tróia. Sim, criei um conceito novo dentro do da saudade: aquela que começa antes de estar ausente. Faltam sete meses para regressar, será quase o tempo dos figos, se já não apanharmos cerejas. Beijos para o jardim. Cuida-o sempre com a ternura-distância que nos ensinaste tua.
R. é isso e muito mais que fica por dizer. Porque o que não se diz tem tantas vezes muito mais importância do que aquilo se resume em palavras.
Vais, mas contigo nos levas e connosco ficas.
E comigo em particular, fica uma luz que para sempre me iluminará: a do teu sorriso e daqueles olhares que conhecemos.
Pedro Teias da Ega
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