Vou escrever pó desumbiga .2
Epístolas
de decadência
de não querer
ser assim
Ter o tédio
do meu tédio
ter este nojo de
mim
Não ter nada que
cale a dor
o desespero sem
sentido
o quotidiano
destruidor
o nada mais
conseguido
Dos que sucumbem
da memória
que não lhes
toque a escória
de quem existe
sem saber
o que é
realmente viver
Do que foi já não
é nada
a não ser a
mágoa de quem
sente
Que aquilo que é
não será nada
depois do ser
permanente
Leonel Monteiro
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