terça-feira, maio 16

Os punhos

Pela melodia da NAIFA, podemos rir-nos. De nós, dos outros, de quem é extremista em certas arestas de personalidade.

Porque há bons e vilões em todo o lado (seja a definição de cada uma delas qual for), enquanto apartidária, se me permitem,

SENORITAS

naquele porto os metalómanos barcos
esmagam a paisagem
de energia brutal, parada.

num barco soviético
o marinheiro põe o punho a meio gás
como o comunismo enjeitado na sua terra.

disse-lhe que portugal ainda tinha muitos comunistas
mas o que ele queria saber era onde havia senoritas
que o levassem a dar uma volta.

(poema de Tiago Gomes)