sexta-feira, maio 12

Vende-se

PUNKROCK / ROCK'N'ROLL / POPROCK

[ nota para a análise sociológica do comércio de sons
...
no circuito de transportes urbanos de Lisboa ]
...
Passam escassos minutos das duas e meia. Na paragem do 207, aos Restauradores, em frente ao cinema Éden, três miúdas que fugiram da escola fitam uma rodela de laranja cristalizada - quase-intacta e estática por cima do edifício.
Nesse deslumbramento anamnésico tentam des(me)lind(r)ar o significado do halo branco que a circunda.
Um rapaz aproxima-se. Quer vender-lhes uma canção. Mas só pode ser de um daqueles três géneros - desculpa-se referindo que a guitarra é o seu único instrumento.
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Com certeza, já estabeleceram contacto com outros personagens. Eu recordo-me de Caetano Veloso, não cuidado e adulterado na estação de Metro de Saldanha. Só da boca p'ra fora.

7 comentários:

a 13 maio, 2006 11:00, Anonymous Anónimo disse...

"à frente da fonte!"

Já que esta está no centro de uma rotunda, questionamo-nos qual será a frente certa. Após 2 segundos de hesitação e 5 ou seis passos sem muita convicção, escolhemos a frente de uma cara verde.

"Combinámos à frente..."

Mais passos, agora mais convictos. "Sabes onde é? Não seria mais rápido ir pelo Rato?" E quem é que quer saber de rapidez quando se tem caramelo colado nos dentes?
Atravessamos ruas vazias enquanto se conta a história do sapato no meio da estrada e do rapaz desconfiado que era perseguido por duendes diabólicos.

"People are always complaining, even if things are done as they wanted them to". Achas mesmo?

Pausa. Continuamos.

"O xadrez é um jogo de MEMÓRIA." Confesso que isso não me agrada muito. "A mim também não.Por isso é que deixei de jogar."

Ruas desertas são mais difíceis de descer. Na paragem encontramos um trovador à procura de moedas.

"Só se encontra aquilo que se procura." Talvez, mas gostava que não fosse assim.

O caramelo nos dentes parece-me um excelente princípio para análise sociológica do comércio de sons urbaNUS (mais ou menos vestidos conforme a quantidade de caramelo) nos transportes públicos em Lisboa.
Acho que o senhor da viola não gostava de caramelo. Tinha cara disso.

 
a 13 maio, 2006 19:36, Anonymous Anónimo disse...

E de baladas, achas que gostava?
É que são caramelos que se desfazem no ouvido e escorrem pegajosamente pelo sistema límbico.

E à frente da fonte é que está a vanguarda!

 
a 15 maio, 2006 22:20, Blogger R. disse...

bellas, bellas! também gostei de saber que se desce melhor aos saltinhos para uma, que apetece rebolar a outra e do passo cauteloso de outra. e gomas, fazem sempre falta num sítio de loucos.

 
a 19 maio, 2006 18:35, Anonymous Anónimo disse...

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