domingo, maio 7

Drawing Restraint 9

escrito e realizado por Matthew Barney
com Björk e Matthew Barney
espaço sonoro Björk
[135 min.]
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DR9 documenta o encontro entre dois convidados ocidentais que acompanham a viagem do navio japonês Nisshin Maru pelos mares de gelo do ritualismo milimétrico que envolve a pesca das baleias.
No biombo, a retrospectiva da sequência que decorre na tela.
Politics of the body. Sensualidade - hesitação, insinuação e autofagia.
Pérolas brancas a escorrer do cabelo pelo decote do vestido preto da mulher que toca um instrumento de sopro que não volta a surgir no plano final.
Âmbar de acontecimentos fortuitos.
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«As hipóteses [de leitura] são inesgotáveis: narrativa política sobre a relação Japão-EUA; sobre a relação entre ocidente hegemónico e culturas tradicionais em vias de extinção; sobre rituais iniciáticos; sobre corpos sensuais que se fundem; uma história de amor, obra sobre a obra de Barney; obra sobre uma hipótese de relação entre música e imagens; coreografia de corpos que se diluem na natureza; encontro entre a criatividade e a resistência física. Tudo isso ou nada disso.»
«Quem olhar para ele apenas com lentes de cinema, é pouco crível que não saia desiludido.»
In Y, 04 de Maio de 2006
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Cinemas King - Sala 3
Sessões: de 2006/05/04 até 2006/05/10
13h40, 16h20, 19h, 21h45, 00h30 [Sex, Sab, Seg]
Endereço: Av. Frei Miguel Contreiras, 52 A
Acessos: Metro: Roma
Telefone: 218480 808

8 comentários:

a 07 maio, 2006 20:04, Blogger R. disse...

collants vermelhas*

 
a 08 maio, 2006 00:34, Blogger Hugo Bastos disse...

Este comentário revela cenas do filme em questão. Não ler em caso de susceptibilidade cinéfila aguda quando confrontado com esta informação, previamente à visualização da obra.

Visualmente encanta como poucos. Cinematograficamente é bizarro o bastante para, não tão estranhamente como à primeira vista seria de esperar, merecer o descrédito dos críticos. Afinal, a sua visão tem por hábito uma curteza de horizontes preocupante.
É um filme, mas não é bem(só). É uma experiência plástica de uma riqueza inebriante. É sinestésico: mostra-nos cores e formas para que processemos texturas. Revela-nos estas por fim e surpreende-nos. (o que contém o tanque montado no meio do navio? o que sentem os corpos que se abraçam envolvidos em vestidos de gala?) Sentimos uma quase dor durante o ritual de mutilação mútua, mas não evitamos o desejo de sentir a carne arrancada.
É uma longa cerimónia, muito mais do que um casamento, que une os seres perturbadoramente apaixonados.
E é uma viagem. De uma cidade asséptica, embora literalmente pós-apocalíptica, para o imenso oceano gelado, através de um sonho calmo.

 
a 08 maio, 2006 18:52, Anonymous Anónimo disse...

Ainda, e também, uma tese sobre a alienação desencadeada pela transição entre culturas/esquemas de representação mental dos actos quotidianos. Intriga-nos e faz-nos interrogar sobre o lugar do tempo de um chá na velocidade dos ritmos metropolitanos.

 
a 17 maio, 2006 15:56, Blogger João Gama Marques disse...

hum... tive pena de não ver DR9 mas gosto muito da série Cremaster.

 
a 19 maio, 2006 18:36, Anonymous Anónimo disse...

Really amazing! Useful information. All the best.
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a 20 maio, 2006 18:52, Anonymous Anónimo disse...

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a 20 maio, 2006 18:54, Anonymous Anónimo disse...

Very pretty design! Keep up the good work. Thanks.
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a 07 julho, 2006 07:06, Anonymous Anónimo disse...

Sim, que merda era aquela dentro do tanque?? E a outra intrigante especie de gelatina que aparece a meio do filme??
E onde é que eu posso arranjar uma igual?

 

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