...E eis que Abril virou a página na hor'agá, nas ancas de uma mulher de café com leite.
...Drum 'n' Bass ? - Que raio é isso? Etiqueta? Aumento discreto no diâmetro da saída de emergência do tubo da pasta de dentes? A fuga às sapatilhas do gajo paráfilo? A agulha de vinil nos tentáculos de um monstro do mar, atrás de uma montra de vidro? Uma torrada na resistência de uma TV? Uma pequena rã a saltar para o colchão, dentro de um saco-cama? A risca vermelha de um farol, no ângulo superior esquerdo do campo de visão, fotografada a preto e branco? Mobília de madeira pintada de verde (como um pássaro)? Teclas de xilofone nos dedos de um pé da cor do chão?
2 comentários:
sinto falta da destruição. da minha, da dos outros e da que a todos rodeou. ecoam as vozes espalhadas pelos cantos. os dias que passavam indolentes, mostrando-se calmamente pela areia, arrastando-se quentes para o mar, transformavam-se em noites longas, muito mais horas de lua do que de luz, ainda que o calendário e a latitude ao reverso obriguem. artifícios químicos embriagavam todos aqueles a quem, entregues a um qualquer ritual conhecido em cada caso particular apenas por uns poucos, apetecia a folia.
agora, voltamos ao que chamam o mundo real. nas conversas de corredor, as pessoas falam exactamente nisto, resignadas. "foi bom enquanto durou", "para o ano há mais", entremeiam-se com o riso, nos relatos dos acontecimentos recentes.
os níveis de serotonina baixam ao sabor de cada SNC e, com o passar das batas brancas, lembramo-nos que têm, algures, uma missão para nós.
uma ameixa preta.
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