Como dizia um dos heterónimos, por outras palavras, é escandalosa a quantidade de génios que andam para aí condenados ao anonimato. Não acham? O comentário de um ilustre desconhecido ao post do R., aquele em que é transcrita a letra de uma "música adolescente" ( sic ) fez-me pensar nisso e noutras coisas. A propósito, não deixei de ficar grata quando alguém (que também permanecerá no anonimato) estabeleceu a correspondência entre aquele diálogo e uma discussão figurada nihilismo-budismo. "Saudade, saudade"...de música adolescente e de ficar horas a olhar para uma mancha na parede. Se calhar é um mecanismo de defesa do ego, daqueles engavetados pelo Freud no extenso inventário de etiquetas para os processos psíquicos. Estaremos a regredir? A personificar os ritos de transgressão que o Amaral Dias identifica com a toxicodependência, a adolescência, Rimbaud e Baudelaire?
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Não vos desilude, às vezes, ver tantos génios em potência com pressa de ver chapéus em elefantes-engolidos-por-cobras? Tanta pressa que acabam diluídos na massa dos anónimos que vêem chapéus.
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Livros infantis...saudade, saudade.
1 comentários:
Não era depreciativo...era só a nostalgia que a música traz. A adolescência assim referida não traz a carga negativa de ser uma fase passada. Por outra, é a singularidade presente na concretização de modos de estar antigos que uma letra traz. E um certo ar fresco soprando sobre a sequência de palavras tantas vezes repetida.
Ah. E o Principezinho, também o gosto muito, e tu sabes :)
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