quinta-feira, abril 5

A propósito

_______Há figuras públicas que estão exactamente à medida do Contra-Informação ou da imaginação de um bom caricaturista. Eu diria que Deus é um bom alfaiate. São personalidades que teriam talvez mais sucesso como comediantes do que como líderes políticos, mas louve-se-lhes a consciência de que a política tem, na cena actual, mais projecção e rentabilidade. E, afinal, faz-nos rir e rir mais, se bem que nunca na expressão positiva do riso. É triste.
Este é, também, o caso de Marques Mendes. Mas, como devem calcular, isto é a propósito de outra coisa. Eu, a princípio, pensei que fosse um acto de terrorismo ideológico, quando me disseram:
_______« - Está um cartaz do PNR no Marquês. »
Logo me ocorreu o meu mantra saudosista, que repito sempre inconscientemente nestas ocasiões. Vocês sabem:
_______« - Andou o meu pai a fugir aos pides para isto. »
(Quando isto me acontece, sinto-me sempre um bocadinho como a Guidinha das redacções do Luís de Sttau Monteiro. Se não leram, deviam ler, qualquer que seja a vossa religião partidária.)
Foi por isso que nem quis ver o cartaz. É assim, é sempre como ver, nas manchetes dos jornais desportivos do dia seguinte ao jogo, que o meu clube perdeu - diria ele.
Hoje de manhã, ouvi na rádio, nas notícias das onze, que os Gato Fedorento tinham respondido com um outro outdoor e voltei a interessar-me pelo caso. Mais tarde, vi a capa do jornal. O que me diverte acima de tudo é que o cartaz original parece ter sido feito para ser gozado. Desde as mensagens que não me deixam resolver a indecisão ingenuidade perversa vs perversidade ingénua até ao olhar alienado do tipo em quem se adivinha a bota-de-elástico. E o inacreditável e insuperável avião.
Quanto à resposta, subscrevo:
_______« - Genial.»
.
T

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1 comentários:

a 16 abril, 2007 02:13, Blogger Letras de Babel disse...

não há muito mais a dizer sobre este assunto. mas muito haveria a fazer (pelos poderes deste país).

tu disseste, eu disse:

http://letrasdebabel.blogspot.com/2007/04/blog-post_05.html

para quando a acção de quem pode?

 

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