...e no entanto ela move-se.
Movimentos. De resistência ou de revolução, depende do momento histórico. No meu caso, movimentos perpétuos de queda. Tal como o aviador de uma máquina voadora falhada empurrado de um precipício. De início, imagina-se um pássaro, ainda que o fim seja já certo. O chão aproxima-se mais e mais, a velocidade aumenta, tudo é claro agora. Cresci num tempo de imobilidade. O fim da Guerra Fria, a queda do muro de Berlim, a União Europeia com o seu Hino à Alegria fizeram com que se proclamasse o Fim da História. Mas ela move-se incessantemente. Independentemente dos discursos de estabilidade da classe dominante, as pessoas vivem. Desejam. Sentem. Ainda que anestesiados, amordaçados, aprisionados à condição servil de quem, num mundo de trocas, apenas possui a sua força de trabalho para vender e, que por isso, abdica de opiniões próprias quando estas são julgadas negativamente pela moral vigente. Mesmo quando a manifestação dos desejos é manipulada após a garantia de alienação, a exclusão, a escravidão, a dor, a fome, geram a revolta. À nossa volta existe sofrimento, mas quando o que vemos é a felicidade propagandeada pela “nossa” sociedade ocidental que, ao mesmo tempo que nos mostra a miséria do mundo, nos afasta dela, querer manter instintivamente os privilégios actuais é o natural. Indubitavelmente, as classes dominantes locais aliam-se, pelo menos em certa medida, pela manutenção do seu poder. Assim, existem governos que, no nosso país ou noutros, são eleitos pelo povo mas que não governam para ele. Existem empresas responsáveis pela produção de todos os objectos que usamos na nossa vida que, ao invés de produzirem segundo as necessidades, fazem-no unicamente segundo a lógica do lucro. E estes governos e empresas consomem o planeta em que vivemos para que nos consumamos aos poucos, sem tumulto. Num mundo que todos dizem globalizado, perdemos a capacidade de nos identificar com os outros. Com os seus problemas, com as suas lutas. As imagens não param de nos chegar: crianças desnutridas morrem lentamente no Darfur; imigrantes africanos definham em barcos sobrelotados às portas da Europa; mulheres russas são escravas sexuais na civilizada Finlândia. E tudo nos parece acontecer numa outra realidade. Povos resistem ao terrorismo de estado dos E.U.A. e Israel na Palestina, Líbano e Iraque; estudantes gregos ocupam quatrocentas faculdades durante meses, lutando contra a privatização do ensino superior; oitenta mil trabalhadores portugueses manifestam-se em Lisboa contra as investidas neo-liberais do governo Sócrates. E não tomamos nenhuma destas lutas como nossas. Num mundo de relações tão complexas e onde milhões de seres vêem os seus desejos e necessidades serem postos em causa de formas muito díspares, tornou-se muito mais difícil identificar o inimigo a combater. A repressão é agora feita através da disciplinação de consciências e não tanto através do controlo por parte de instituições físicas. Durante a ditadura fascista portuguesa existia a censura, a P.I.D.E., o Tarrafal, e o povo unia-se face ao inimigo comum, personificado Por outro lado, a capa de Democracia e Liberdade que reveste o mundo do “Eixo do Bem”, por oposição à Heresia e Malevolência, características do “Eixo do Mal”, incute a ideia de que este sistema permite aos seus cidadãos, simultaneamente, a expressão dos seus problemas e o caminho para a sua resolução. A informação está em toda a parte e é avassaladora, mas ao invés de nos impelir para a acção, aliena-nos. Demasiada informação, contraditória entre si, faz-nos acreditar que o problema é de todo irresolúvel, que não está ao alcance do indivíduo uma solução viável, pelo que, a maioria, opta pela inacção e alheamento. Ainda assim, talvez a imobilidade seja uma ilusão. Um erro de perspectiva de quem, observando a calma das águas à superfície, não se apercebe das correntes que se movem abaixo desta. É essencial organizarmo-nos numa luta contra o véu da inconsciência que nos cobre. A união faz a força. Se a Humanidade é posta em causa pela exploração do homem pelo homem, se a Vida é ameaçada pela absurda produção capitalista que, não sendo planeada, se desligou do fim a que se deveria dirigir – o suprimento de necessidades – substituindo-o pela criação de necessidades de que depende para se manter, é a destruição de ambos (exploração e produção capitalistas) que devemos exigir.
54 comentários:
Brilhante crónica.
<< Demasiada informação, contraditória entre si, faz-nos acreditar que o problema é de todo irresolúvel (..) pelo que, a maioria, opta pela inacção e alheamento. >>
Mais pura verdade. Aprendi eu na cadeira de processos de separação, que há várias operações unitárias possíveis quando queremos purificar uma amostra. A filtração de informação (pode ser ultra, micro, nano mas lá que tem de ser filtrada tem) é um passo importante e que só pode ser conseguida através de uma procura activa da informção e das fontes de informação que verdadeiramente nos informam.
O pior é que esta confusão de informação não produz uma exacta alienação, mas sim como dizes uma inacção. As pessoas não deixam de comer informação, simplesmente já não se importam muito com o que comem (não há melhor amostra do que o número de leitores assíduos das várias cadeias de fastfood joralístico que vêm exactamente preencher este nicho que se criou.)
Quem come o que lhe aparece à frente mostra o maior desinteresse sobre comida. E no entanto sem ela não sobreviviamos. Amais, todos sabemos os benefícios de uma boa alimentação e são cada vez mais conhecidos os inúmeros problemas de uma alimentação sem critério.
O problema está em que uma má informação pode dar-nos uma congestão do caralho...
Mas agora como é que a gente informa alguém deste facto??
* hugo quero o "meu" cd dos mao-morta. Tenho um pá troca ;)
PS -
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Lol
Vejo que atingi nervos sensíveis.
Para o meu «fã» anónimo: Filho, no dia em que eu encontrar um insulto que seja gratuito deixo de acreditar na espécie humana, nos cães e nas saladas de alface com tomate. Lê todos os insultos que eles já escreveram neste site e aproveita e vê-te ao espelho olhando bem para o teu comentário e facilmente perceberás que nem toda a gente gosta de ser achincalhada e que não é ferindo susceptibilidades que se consegue seja o que for. Apenas vos dei a tomar algum do vosso próprio remédio. É chato não é?
Talvez, e pegando no que te disseram, quando fizeres 11 anos e te aperceberes numa qualquer disciplina do 6º ano que literariamente não leva acento mas riquíssimo sim, também te ensinem ou expliquem estas coisas, isto se não faltares às aulas de religião e moral para ires com o teu irmão mais velho assistir a comícios ou ires fumar erva à festa do ervante, uma vez que por ti mesmo já vi que não chegas lá.
E filho quando esta gente começa a tentar manipular emocionalmente as pessoas, se gostas de o ser, então força, mas respeita quem não gosta. E volto a repetir quem são vocês para criticarem quem como eu foi à rga? Estas reuniões tal como a nossa A.E. infelizmente começam a tresandar a comunismo. Os cartazes a proibir as praxes este ano foram o máximo. E volto a repetir que as únicas ideias que encontrei neste post foram a censura da informação e a tentativa de manipulação ideológica sendo que defender uma filtração de informação como pretexto para uma melhor informação é exactamente o que o Index, a P.I.D.E., os serviços secretos norte-americanos ou o Governo Popular da China fizeram ou continuam a fazer.
A partir de agora, e porque nunca gostei muito da ideia de ter de ter um pai, chamar-te-ei de pai embora que se tiveres mesmo 10 anos terias de ser muito precoce o que claramente pela tua ortografia o não és. Pai, muitas pessoas têm pai e nem sempre se deram bem com isso, pergunta aos que tiveram como pai Staline, Lenin, ou o têm em Castro, Mugabe ou Kim Jong II ou que tiveram de aturar ditaduras do proletariado ou regimes como os marxistas, leninistas, stalinistas, trotskistas, maoistas, castristas, sandinistas, luxemburguistas ou juche ou kimilsonguismo.
Filho, no teu comentário então não houve riqueza literária seja de estilo, de forma, ou de ideias… Quanto às minhas ideias ou não, filho, falares de riqueza literária ou de ideias neste site é o mesmo que falares de cristianismo na festa do ervante. Não faz sentido. Mas não te preocupes pois nestes blogs o importante é participar e não o ganhar e o teres sido comido e possuído pelas palavras que te foram dirigidas a seguir seja por quem tenha sido aproferi-las e as teres engolido pois que não respondeste não torna a tua participação menos interessante. Mas filho queres mesmo falar de riqueza literária e de ideias e de comentários não insultuosos e de união faz a força? Numa breve passagem por este site, aqui estão as que estavam mais à mão. As do Pinochet e as que não transcrevi e que estão naquele texto da tartaruga então são demais…
DOMINGO, FEVEREIRO 4
Joana Come o Papa
Come a papa
Joana come a papa
Come a papa
Joana come a papa
Joana come a papa
.
Um, dois, três
vejam só o que ele fez
quatro, cinco, seis
agarrou nos seus fiéis
e disse: "quem abortar não escapa!"
.
Come a papa
Joana come a papa
Come a papa
Joana come a papa
Joana come a papa
.
sete, oito, nove
"e sempre que o sémen chove
dez, onze, doze
o homem que repouse
e a mulher que faça a papa"
.
Come a papa
Joana come a papa
Come a papa
Joana come a papa
Joana come a papa
.
Come o Papa
Joana come o Papa
Come o Papa
Joana come o Papa
Joana come o Papa
.
treze, catorze e meio
não há cruz que ponha freio
dezasseis, dezassete
ao aborto da Suzete,da Joana e da Urraca
.
Come o Papa
Joana come o Papa
Come o Papa
Joana come o Papa
Joana come o Papa
.
Um, dois, três
uma mulher de cada vez
quatro, cinco, seis
pôs na voz mil decibéis
e mandou calar o Papa
.
Come o Papa
Joana come o Papa
Come o Papa
Joana come o Papa
Joana come o Papa
.
sete, oito, nove
quando nada se resolve
dez, onze, doze
à espera que a mosca pouse
tem de se mudar o mapa
.
Come o Papa
Joana come o Papa
Come o Papa
Joana come o Papa
Joana come o Papa
.
treze, catorze e meio
hipocrisia é tão feio
dezasseis, dezassete
é incrível se se mete
a mandar em mim o Papa
.
Come o Papa
Joana come o Papa
Come o Papa
Joana come o Papa
Joana come o Papa
.
Vota sim
Joana vota sim
Vota sim
Joana vota sim
Joana vota sim
me(ow), myself and I said...
mal pude traduzir o meu desânimo quando li "estável", qualificando o seu estado clínico no período pós-enfarte (ou AVC?), há dias.
há pouco, ia a sair para o elevador, e ele disse:
« - o pinochet morreu. »
« - e a festa? »
é um sentimento feio, mas ocorreu-me.
10 Dezembro, 2006 22:37
Manuel Neves said...
Allende, nós não esquecemos!
Um a menos, caralho!
10 Dezembro, 2006 22:43
Hugo Bastos said...
Quando um comunista foi eleito presidente de um país e nacionalizou as minas, os recursos energéticos, a banca, iniciou a entrega das terras a quem as trabalha, os EUA com os dentes afiados da CIA patrocinaram bombardeamentos para o afastar.
Em seu lugar colocaram um fascista (a 2ª guerra mundial já tinha sido há muito tempo...) educado nos próprios EUA.
Como diz o Zé Mário Branco: "foi um sonho lindo que acabou..."
Não é, nem de perto, nem de longe, um justo ajuste de contas... Mas já não era sem tempo!
11 Dezembro, 2006 00:44
Cristóvão said...
Não sei se concordo com a morte enquanto ajuste de contas... Primeiro, pela sua inevitabilidade - sendo um castigo que calha a todos, poder-se-á considerar um castigo?
Segundo, porque se trata de cessar o sofrimento - e não é o sofrimento o que se deseja num castigo?
Terceiro, porque um castigo tardio sem sentido pedagógico (tendo em vista a correcção de pensamento e de atitudes) é puro sadismo - e mesmo que tenha essa pedagogia subjacente, a fronteira entre as duas coisas é tão tortuosa que tenho uma certa dificuldade em distingui-las.
Mas enfim, quem sou eu para mandar calar este bichinho dentro de mim que se alegra com a morte de mais um filho da puta?
11 Dezembro, 2006 12:25
Lourenço said...
A verdade é que o Cristóvão tem uma certa razão não concordam? Eu por mim confesso que não sinto grande alegria. O meu sentido de justiça não fica de forma nenhuma descansado, não sinto qualquer prazer na vingança que cai sobre o individuo até porque nem sequer me parece vingança o facto de Pinochet morrer de morte natural e sem nunca ter sido condenado por crime algum. Se fosse chileno estaria neste momento todo fodido. Não sei se ia para as ruas mandar pedras ao caixão onde jaz a mumia mas decerto não ficaria contente. A merda foi feita e ninguém pagou o preço senão eles (ou a maior parte deles...) e a morte de Pinochet sob estas circunstancias só me lembra de quão comum é esta prática no nosso mundo
11 Dezembro, 2006 23:02
linfoma_a-escrota said...
tortura é castigo perfeitamente viável, seu corpo ainda em vida devia ser nacionalizado e esturpado, a pele arrancada com aqueles raladores de cenoura ou parmesão, morte jamais!! dispendia todos os recursos eléctricos de Salvador lhe ir alimentando o batimento cardíaco e todos juntos seríamos tribais sem pensar em consequências ou "violência gera violência", tal como a bela manifestação de respeito que o palhacito recebeu após este arroto até ao inferno dos autocratas que foi o seu falecimento precoce, depois, quando seu corpo minguado pela consciência da derrota fosse somente um falafel de carne e nervos e hipertrofias faziamos um hamburger gigante injectado com todo o tipo de conservantes químicos e secretos ingredientes, com que bombardearímos sem perdão a capital do capital, Washington Dolmén Culpado
24 Dezembro, 2006 18:21
"NA FACULDADE DE MEDICINA - Foi um verdadeiro acontecimento mundano o Baile realizado na Associação Académica da Faculdade de Medicina."
.
in Ilustração, nº5 (173) - 8º Ano, 1 de Março de 1933
.
Aposto que aqui no meio poderíamos encontrar um professor nosso. Reparem como, já na altura, a "nata da nata" tinha um ar de compostura adornada com divertimentozinho artificial. Reparem, apesar do pouco que a escassa nitidez deixa observar, nas boquinhas encolhidas e deprimidas e no papillon do tipo de smoking e boca aberta em riso (que ainda é o único que parece estar a ser honesto na sua euforia).
17 Fevereiro, 2007
E pegando no que o meu «fã» disse, sabes que as frases se voltam sempre contra quem as produz, olha o socialismo na gaveta ou a república das bananas, continuem assim filhos, continuem que vão bem...
ROFL
PLEASE DON'T READ THIS. You will get kissed on the nearest possible Friday by the love of your life. Tomorrow will be the best day of your life. However, if you don't post this comment to at least 3 blogs, you will die within 2 days. Copy and paste this, to be saved
eu não podia deixar de dizer qualquer coisa.
para já dizer que o post está brilhante!não só em termos formais como o conteúdo vem num excelente timming, é hora de consciências adormecidas e consciências alheadas olharem, nem que de relance, para o mundo á sua volta, sobreporem-se á tentadora alienação, esquecerem-se por momentos de si próprios e assim despertar mentes que insistem em ignorar por um lado o nosso presente, e por outro a história passada, renunciando numa escalada que parece imparável ás mais elementares conquistas de dignidade de tantos e tantos povos.
conta comigo, que onde quer que eu esteja, lá estarei a contribuir um pouquinho, para que a terra não pare mesmo de se mover...
P.S. bem sei que a não moderação de comentários demonstra a maior das aberturas da vossa parte, no intuito de receber as mais diversas críticas. mas se isto é um espaço democrático, não podem haver comentários como alguns que li neste post. . . que são uma espécie de desabafos muitooooo contidinhos apenas possíveis numa boca anónima. .. enfim, desde um trauma sério de relação pai/filho a graves lacunas da interpretação da História, passando por delirios irrepetiveis. . epah. . .tudo isto me parece profundamente antidemocrático!
ponderem a moderação!a sério. . .
Aqui a moderação pode fazer-se com um clique, um dia que o comunismo venha far-se-á com outro clique, o da AK47.
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lol o youtube esta cheio dessas cenas de morrer daqui a dois dias... mas alguem acredita nisso?
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Mudei da JSD para o PS porque percebi que tinhamos de privatizar mais devagarinho
(Boa análise do texto anónimo!)
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Sensitivity is a holistic, integral and non-fragmented state, whereas sentimentality is a partial affair leading to disintegration and fragmentation. In sensitivity there is renewal, rebirth and resurrection, whereas in sentimentality there is only the cultivated refinement and the continued re-fabrication of the illusory fiction felt as ''I'' with its everlasting sentimental ideas and projections. Sensitivity is dying from moment to moment to all sentimentality and thus living from moment to moment in the ecstasy of freedom, whereas sentimentality is division and delusion leading to longing and languishing in the entanglement of the limited embodied consciousness. Sensitivity is not gathered bit by bit, it is never cultivated and it is not a state of emotionalism. Sensitivity has no overtones of romanticism and fancy. Only a sensitive person can be awake to the actuality without running into judgements and jargons, opinions and obsessions, assumptions and ascriptions. This sensitivity is the austerity of seeing and understanding. It is the destruction of all stupid desires and demands. It is stripped of all sentimentality and its pleasure movements. There is great pleasure in refinement and its presentations, postures and pursuits. The way of refinement is endless with all its conflicts, contradiction and pain. There is always the compulsive and the heavily conditioned chooser, the one who continues to refine leading to self-enclosing activity and aloofness, the separation which too much vanity breeds. Sentimentality and refinement are just self-centred phenomena, however glorified aesthetically and morally. There is gratification in the refining process but no joy of depth. It is indeed very superficial and petty. Sentimentality is mind, but sensitivity is life that has no end. The saintly suppression is the saintly insensitivity and brutal dullness which is unfortunately regarded so highly by ''moral'' convention! To make the consciousness more stupid and dull, ideals and conclusions are invented and spread around. All forms of sentimentality, however refined or gross, cultivate resistance and decay.
Sensitivity flowers when one gets rid of all sentimentality. To be sensitive, utterly and intensely, is to have no scar of sentimental memory because every scar destroys sensitivity. To be sensitive from moment to moment, choicelessly, is to be free from scars, never allowing a scar to be formed. Accumulation of psychological residues and sediments of sentimental scars, brings about tremendous dullness and distortions. And then sensitivity withers away !
Sentimentality is still within the call of sorrow whereas sensitivity is questioning the structure of sorrow and going beyond it. This questioning is far more important than going to the temples, mosques, synagogues and churches which merely maintain the structure. Sensitive questions break the mental prison, whereas sentimental refining builds up new and more expensive prisons decorated with gods and saviours, with economists and leaders. Questioning by sensitive and rebellious awareness destroys the machinery of thought and does not substitute it by other thoughts, conclusions and theories. This questioning shatters the so-called authority and the most respected evil -- power. It explodes the moral and respectable selfishness with all its vested interests. Selfishness is always modified, it is never smashed. This endless modification is the endless sorrow breeding more agony and despair. Explosive questioning by sensitivity ends sorrow. And then compassion and comprehension is something that concepts and conclusions can never measure.
Our mind is shallow and empty always demanding psychological security but the fact is that this desiring entity is an illusion breeding only fear. Here or in the hereafter, nothing is secure and permanent except the sky. By sensitive questioning and listening, the pattern moulded by the mind is shattered for the life to be. Mind breeds sorrow, and love is the freedom from the mind.
Simplicity is the gut to live without goals, greed, god and gratification. A simple man is in the energy of presence. He is not a personality pretending or projecting simplicity. Humility is not against pride, it is the absence of pride. Humility is the natural state of understanding, but pride needs refinement to be presentable. Sensitivity is simplicity and humility. Sentimentality is complicated and full of pride. Sensitivity is stillness. Sentimentality is agitation.
JAI SENSITIVITY
acabei de 'censurar' três 'comentários' que eram na realidade spam. gostava de poder ficar-me pelo spam, e não ver necessidade de eliminar comentários escritos por pessoas a sério (mesmo que pouco sérias). por isso, vamos estabelecer algumas normas para a participação neste blog: qualquer pessoa ou bicho que se ajeite a mexer com um computador é livre de comentar os artigos de opinião aqui publicados (vulgo posts), sem que para tal tenha de requerer uma aprovação prévia dos autores. não impomos quaisquer regras de estilo ou restrições vocabulares (admitem-se palavrões, portanto), com excepção das situações em que se verifique um abuso flagrante e inaceitável da liberdade de expressão que a todos assiste. recomendamos, assim, que qualquer participante que tencione dirigir ataques pessoais (sobretudo insultos gratuitos e ordinários) a outrém o faça por outros meios, sob pena de ver o seu post/comentário censurado na íntegra.
he! e não é que o cunhal sempre tinha razão?!..
Sim, Cunhal tinha razão... E tu continuas sem perceber nada...
Foda-se o aborto...
Até a Elsa Raposo se gaba de o fazer, lol...
vamos a eles.
espero sinceramente que todos estes anónimos sejam pessoas diferentes, porque a alternativa é demasiado deprimente..
Paz de Cristo!! hihihi...
hahhahahahhahaha...
É isso Gui nada de censuras caralho quero falar aqui como falo com os meus amigos.
ps- dica para o fake do hugo: ele não diz "os que defendem o não aborto" diz "os anti-escolha"
mais um esforço, pessoal, depois dos 10, 20, 30 e 40, estamos quase a atingir o registo histórico de 50 comentários! obrigado, anónimo(s) desta blogosfera, sem ti/vós não teria sido possível!
O mundo, por muito que isso vos possa custar, não é divisível em «bons» e em «maus», não é divisível em esquerda e em direita. Fiquem bem.
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pfff..estas intrigas e trocas de mimos passam-me ao lado, somente não tanto quanto eu gostaria. serei o único a achar deplorável este lavar de roupa suja em público (sim, porque o blog É público)? este não é certamente o local apropriado para discussões de carácter pessoal, como a que aqui se tem vindo a desenrolar. e quando se passa da simples ordinarice para a divulgação hipócrita e irresponsável de alegados factos que, a conterem alguma verdade, pertencem à esfera da vida íntima da pessoa visada, e que, por isso mesmo, esta tem o direito de não ver revelados, é altura de intervir e sanar o mal causado. assim, vou proceder à eliminação sumária de todos os comentários a este post, com excepção daqueles que nada tenham a ver com a polémica gerada. lamento ter de accionar este 'privilégio', até porque estava esperançado em ver alcançar o record de 50 comentários, mas enfim..better luck next time.
a AK47 não é de fabrico russo?
Têm piada vocês, tu em particular, gui, és realmente alguém com muita piada...
A AK-47 é de origem soviética, apesar de a sua produção ter ocorrido em mais países da URSS e outros.
Este blog, outrora tão livre, agora tem censura?
iup..o blog passou a ter censura no momento em que certos indivíduos (ou um certo indivíduo, que com isto do anonimato nunca se sabe..) decidiram usá-lo para cobardemente divulgar pormenores da vida íntima de outros. enfim, não podemos contemporizar com tudo..mas sintam-se livres para debater livremente, como na livre inglaterra! ;)
Every phenomenon in the manifest dimension of existence is impermanent. It emerges, endures for a while and ultimately ends. Even stars are born in the cosmos, exist for millions of years, but at last die in the ''black hole''. Endurance in between is of different duration on each occasion.
Can you meditate on impermanency, without running into duality between the observer and the observed? You will then discover that there is nothing personal anywhere. In fact, in the extraordinary depth of this holistic meditation, the energy of veracity is so enormous that even ''I'' or ''me'' as a separate emotional & sensual device of attachment or aversion vanishes altogether!
And then one is suddenly exposed to an all-pervading Intelligence which is perhaps the ground on which the everlasting play of creation, conservation and conclusion goes on! But the Intelligence itself remains unmanifest and unknowable! Why?
Everything that has a beginning and an end, that is limited and impermanent, is manifest and knowable. Therefore, that which has no beginning & and no end, that which is never born & and never dies, that which is unlimited & timeless, that which is Life and Intelligence, must remain unmanifest and unknowable. This truth is God! God, however, is not truth, it is only a false fabrication and formulation of an imbecile myth called mind whose constituents are greed, gullibility and guilt; fear, fantasy and frustration; desperation, delusion and dependency; belief-systems, bigotry and brutality!
So when truth as God hits you like a jolt of lightening, then your body, blood-cells and bone-marrow know without any knowledge! Then your life perceives without any experience! This is absolute freedom from mind, even though memory still functions with tremendous sharpness and accuracy for performing the daily tasks.
So for God's sake, never meditate on God! Neither on ‘No-God’ of Buddhists, Jains and Communists; nor on ‘One God’ of Jews, Christians or Muslims; nor on ‘Multiple Gods’ of Hindus! Just be aware of truth, of what is, of impermanency, from moment to moment. Do not seek ''what should be'', except in the technical world. Universal Intelligence holds. This is the ground permanency. Nothing else is permanent.
Jiva Bhutam Mahabaho Yayedam Dharyate Jagat
n há grd liberdade qd agr nem sequer se sabe s alguem responde ou n..
repressão?
zé,
a censura, a haver, não é prévia, pelo que o problema de se ficar sem saber se houve ou não resposta não se põe. na pior das hipóteses aparecerá uma entrada mais recente com o texto this post has been removed by the blog administrator, prova de que o comentário entretanto publicado não passou no crivo dos zeladores dos bons costumes, tendo sido prontamente apagado. de qualquer modo, parece-me que se uma pergunta tua aceitasse como resposta o insulto rasteiro e a exposição despudorada da vida alheia isso seria um indício de que, à partida, a pergunta não era lá grande coisa ..
gui
não tive a oportunidade de ler os comentários então apagados, pelo que desconheço esse lado dos factos. talvez se me elucidasses...
agora essa dos "zeladores dos bons costumes" esconde "alguma" ironia, n?
zé,
sim, a expressão 'zeladores dos bons costumes' está carregada de ironia, porque é esse o papel que me vejo a desempenhar quando censuro comentários de outros participantes, e, sinceramente, não gosto! não me sinto um iluminado com a missão de incutir valores morais nos demais e de garantir que aqueles são escrupulosamente observados. e como lamento profundamente ver-me envergar essas vestes, gozo comigo próprio. também não há mais com quem gozar neste caso, é tudo tão deprimente..
impõe-se a pergunta: se não gosto de censurar comentários alheios, por que é que o faço? simples - sou um dos administradores do blog e, enquanto tal, não posso tolerar que este seja usado para desferir ataques pessoais e expor a vida íntima dos seus participantes (colaboradores ou leitores). foi isso que aconteceu, e foi a isso que pus (e porei) termo. chega como esclarecimento? porque, como é óbvio, não vou reproduzir os insultos e afirmações que censurei.. ;)
isso continua?
não podes tirar a "censura" para ver se essa gente volta a fazer isso?
posso..e tanto posso que não estou a censurar mais nada. se reincidirem volto a apagar-lhes os comentários, é tão simples quanto isso..já te sentes menos indignado? ;)
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