sexta-feira, dezembro 25

The Phantom of the Opera (2004)


Deparo-me muitas vezes com pessoas que não gostam de musicais. De nenhum musical! Só porque são... musicais!

Amigos meus, que eu sei que têm bom gosto e sensibilidade cinematográfica, franzem a sobrancelha e fazem cara feia se alguém menciona ver um musical.

E eu até que compreendo, sobretudo depois de ver o Phantom of the Opera!

Notem que eu não estou a dizer que o Phantom of the Opera seja mau! Antes pelo contrário! É exactamente por ser o paradigma de um bom musical que os meus amigos que não gostam de musicais não gostam deste musical!

(musicol)

Para compreendermos um musical temos de voltar às bases.

Eu falo imensas vezes do entretenimento, e de como ele é o fundamento do cinema.
Mas antes de haver cinema as pessoas também se entretiam! Mas como??!

De uma forma muito simplista: as pessoas gostam de histórias, por isso inventaram o teatro, gostam de música por isso inventaram os concertos. Recorrendo à regra do Pirata Ninja Robot Zombie é fácil compreender que muito rapidamente as pessoas tenham pensado que teatro + concerto = mais divertido ainda!!!
E assim nasceu a Ópera! Que não é mais que a amálgama de duas formas de entretenimento básicas.

Depois surge a tecnologia que permite captar imagens (mais tarde também som) e o que é que as pessoas fazem?

(teatro + concerto) + cinema = musical!

(musicol)

Os primeiros filmes a preto e branco eram comédias ligeiras de slapstick que eram acompanhadas de música.

A criação do género do Musical era não só lógica, como inevitável. E, de muitas maneiras, é extremamente representativo do fundamento do cinema.

Ora, porque é que muitas pessoas não gostam de musicais?
Exactamente porque funcionam muito explicitamente com estas regras básicas, e é compreensível que cinéfilos inteligentes se deixem levar pelo pensamento de "se é simples e básico, não é bom".

Mais ainda do que isso, os musicais têm aquele aspecto de começar-a-cantar-espontaneamente-sem-razão-aparente que pelo seu exagero e inverosimelhança quebra demasiado a suspensão de incredulidade da maioria dos espectadores. Quando isso acontece, naturalmente, como com qualquer obra que quebre a suspensão de incredulidade, o público desinteressa-se e vê de facto quão ridículo aquilo tudo é.

No entanto, se conseguirmos ultrapassar estes obstáculos, espera-nos todo um mundo fantástico e piroso de musicais para explorar!

Muito rapidamente: o Phantom of the Opera, realizado pelo Joel Schumacher e escrito e composto pelo Andrew Lloyd Webber (progenitor do musical contemporâneo), tem músicas extremamente boas (parece uma ópera rock), interpretações excelentes (dentro do género) de actores como o Gerard Butler (Leonidas no 300), Patrick Wilson (Dan Dreiberg no Watchmen) Emmy Rossum e Minnie Driver (num papel pequeno mas brilhante), para além de ter uma fotografia fantástica.

Eu continuo a achar que a vida era muito mais interessante se fosse mais como um musical.

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3 comentários:

a 28 dezembro, 2009 00:57, Blogger Nuno disse...

Ópera é muito bom! =D
Do que me fui lembrar! A música do fantasma da ópera foi a primeira que me apeteceu aprender em piano :|


E não te esqueças do Zombie Sniper

 
a 30 dezembro, 2009 23:09, Blogger Gui disse...

Ou do Cavaleiro Mago Dragão Ciborgue numa Mota NO ESPAÇO!!!

 
a 31 dezembro, 2009 13:32, Blogger Nuno disse...

Vindo do FUTURO URO URO....

 

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