sábado, janeiro 9

Homenagem vs Derivativo

Esta é uma questão que gera muita controvérsia.

Se uma obra quando vai buscar claramente inspirações a outras obras precedentes é:

a)meramente uma cópia, uma derivação do mesmo tema, sem trazer nada de novo ou inovador, apenas um clone criada para sacar mais umas massas da mesma população alvo.

OU

b)pega no melhor que essas obras tinham e actualiza-as para uma visão actual, sem no entanto perder a essência original e integrando-o naturalmente no produto final, criando sentimentos de nostalgia e de gosto pelo reconhecimento.

A primeira é, obviamente, má e a segunda é boa.

Por exemplo:

O filme 2012 é pura e simplesmente um aglomerado de todos os filmes de catástrofes que vieram antes. Tem meteoros, tem terramotos, tem tsunamis, tem vulcões, tem tempestades...tudo! Não consegue ser original em nenhum aspecto, sendo apenas uma repetição desenxabida.

Já o Kill Bill é uma homenagem aos westerns e filmes de yakuzas. Está cheio de referências e piscares de olhos que o cinéfilo experiente é capaz de reconhecer e apreciar. Pega nos elementos clássicos de ambos os géneros e mistura-os numa sinfonia de violência estilizada.

Tudo isto é profundamente discutível.
A obra derivativa de um homem é a homenagem de outro.

Isto vem de certa forma a propósito de um jogo que eu comprei recentemente (mas que ainda não chegou... curse you CTTs!!!!) chamado Darksiders - The Wrath of War.



O jogo é uma mistura de God of War e Zelda, não só em termos visuais, mas sobretudo em jogabilidade.
A grande discussão é se isto é uma coisa boa ou má.
Há quem diga que sim, quem diga que não.

Onde é que se define a thin red line entre o que é derivativo e o que é homenagem?

Como em muitas coisas na vida, a Penny Arcade dá-nos a resposta.

Para aqueles de entre vós que não gastaram centenas de horas (mesmo! eu tenho 130 horas de jogo no Final Fantasy X) a jogar jogos de computador e que provavelmente não tiraram todo o proveito cómico e referencial da comic, aqui ficam imagens explicativas

Link, da série Zelda
+
Kratos, da série God of War
=
War do jogo Darksiders

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6 comentários:

a 09 janeiro, 2010 11:07, Blogger Ana disse...

Nao posso deixar o meu irmao ver isto. senão nao faz mais nada na vida!

 
a 09 janeiro, 2010 13:27, Blogger Gui disse...

Por causa do Darksiders?

 
a 09 janeiro, 2010 16:41, Blogger Nuno disse...

A gaming industry desde à uns 3, 4 anos a esta parte não evolui.
Raras são as excepções!

A maior parte das novas ideias são idealizadas por pequenos estúdios ou até mesmo grupos de amigos em projectos de escola :|

As grandes editoras estão-se cada vez mais nas tintas para bons argumentos para jogos. As pessoas consomem na mesma! Vê o caso do Call of Duty: Modern Warfare 2. Tentou-se criar um embargo à compra do jogo e vê-se o resultado. Montes de vendas!

As pessoas, talvez levadas pelo aspecto gráfico que é cada vez melhor, parece-me que deixam de se interessar muito pelo conteúdo. As últimas apostas centram-se mais em motores gráficos, tendo o olho noutra indústria, a dos filmes de animação.
Antes os jogos tinham de forçosamente de ter bons argumentos e história porque não era pelo aspecto que cativavam as pessoas e as faziam comprar.


http://mindsturm.blogspot.com/2009/05/jogos-originais.html

http://mindsturm.blogspot.com/2009/02/puzzle-of-flesh-baby.html


Hão-de vir o Diablo 3 e o Deus Ex 3... até tenho medo

 
a 12 janeiro, 2010 19:15, Blogger Gui disse...

Ainda me lembro de jogar o The Dig, do Spielberg, ainda com sprites.

Sem dúvida que os jogos perderam imenso no que toca à narrativa e à inovação pura, e que isso é altamente detrimental para o meio.

No que toca à narrativa, actualmente só mesmo a série do Half-Life, com grandes expectativas para o Heavy rain.

Em termos de inovação, de fazer notar o Flow, da thatgamecompany, actualmente disponível na PSN.

Uma menção especial para o incrivelmente fantástico Portal (da Valve, os mesmos senhores que fizeram o Half-Life) que tem uma excelente narrativa e um gameplay altamente original.

 
a 12 janeiro, 2010 21:22, Blogger Nuno disse...

O Flow é uma bela cópia do cell stage do Spore que tem o toque especial do Brian Eno na composição da música.

Se gostaste do The Dig e se ainda tiveres paciência para este tipo de jogos, experimenta o I have no mouth, and I must Scream. Tem uma história muito boa baseada no livro com o mesmo nome, livro este que ainda hei-de ler :p

O Mirror's Edge também é giro

 
a 13 janeiro, 2010 22:39, Blogger Gui disse...

Tenho o I have no mouth and i must scream no computador há imenso tempo, juntamente com meia dúzia de outros que funcionam com o SCUMMtm.

Já o Mirror's Edge sempre me pareceu só gimmicky...

 

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