domingo, setembro 7

Babylon A.D.

Portanto, eu pensei:

"Ok, é um filme com o Vin Diesel.
MAS é baseado realizado pelo Mathieu Kassovitz, tem a Michelle Yeoh, o Gérard Dépardieu e a Charlotter Rampling.
Não há-de ser assim tão terrível!"

E... não foi!

Quer dizer...

A história é bastante... superficial.

O enredo é inicialmente muito simples: Toorop (Vin Diesel) é contratado por Gorsky (Gérard Dépardieu) para levar Aurora (Mélanie Thierry) e a sua guardiã a Irmã Rebeka (Michelle Yeoh) a Nova Iorque, por razões que são, durante a maior parte do tempo, desconhecidas.

Até podia revelar quais são as razões, mas o filme já é tão fraquinho, que não lhe vou tirar a pouca piada que essas razões trazem.

Digo apenas que as razões são muito pouco satisfatórias, e nem são bem explicadas nem nada...

A verdade é que depois de um bocadinho de pesquisa (eugh) descobri que a versão original do filme tinha mais 70 minutos de duração.
70 minutos esses que os estúdios cortaram (contra a vontade do realizador) para tornar o filme PG-13 (a categoria da maioria dos filmes da disney) e que, supostamente, teriam tornado o filme mais fiel ao livro original de onde a história foi retirada.

Quero acreditar que esses 70 minutos teriam feito toda a diferença (e em 70 minutos é possível fazer muita diferença)

Tal como está, a história é superficial e quase desconexa. Algumas cenas de extrema violência emocional fazem suspeitar que se algum dia sair uma versão do realizador, valerá bem a pena.

As interpretações são muito boazinhas e até vin diesel consegue transparecer o actor que vimos pela primeira vez no Saving Private Ryan.

No que o filme brilha realmente é no seu visual.

Passando-se num mundo futurista, quase totalmente em cenários de guerra, toda a estética pós-apocalíptica está irrepreensivelmente bem feita!

Os ambiente são porcos, sujos e maus, as roupas e os cenários estão perfeitos.

Menção especial para a cena de aproximação a Nova Iorque, que eu achei extremamente reminiscente da cena inicial do Blade Runner.

É um bom filme de acção, com visuais perfeitos, e uma história que deixa um bocado a desejar.
Mesmo assim não me arrependo de o ter ido ver ao cinema.



Ps: revendo agora o trailer, apercebo-me que a música usada é a música tema do filme Requiem for a Dream

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