WALL-E
...espero que ninguém pergunte como é que eu vi este filme sem ele ter estreado em portugal ou sem ter saído em dvd e... porra! estou outra vez a escrever os meus pensamentos!
Hu-hurm...
A Pixar volta a atacar!
Depois do caminho desbravado por The Incredibles (2004) e Ratatouille (2007), a Pixar traz-nos WALL-E (2008).
À semelhança de ambos os filmes anteriores, WALL-E tem uma animação estupenda e uma história muito bem escrita.
A premissa do filme é algo típica de histórias de ficção científica: o planeta Terra ficou de tal forma poluído e coberto de lixo, que a humanidade teve de abandonar o planeta. Só que neste caso toda a gente decidiu tirar umas férias prolongadas enquanto deixavam robots atrás a limpar a porcaria toda para que, quando regressassem, estivesse tudo limpinho.
Só que a poluição era demais para ser limpa e um cruzeiro espacial que deveria ter durado apenas 5 anos acaba por durar 700 anos, com várias gerações de humanidade a viverem numa nave espacial de luxo.
WALL-E ou Waste Allocation Load Lifter-Earth-class é um pequeno robot, o único restante, que continua obstinadamente a recolher lixo, a compactá-lo e a empilhá-lo (em pilhas que são mais altas que os edifícios da cidade onde ele vive).
Por estar existir há tanto tempo WALL-E acaba por desenvolver uma consciência e colecciona artefactos humanos cujo significado ou funcionalidade desconhece.
Os primeiros 30 minutos do filme passam-se, assim, numa cidade inominada, totalmente abandonada, degradada e desolada. Com cenários majestosos e desoladores, a sensação de abandono e grandeza que é transmitida ao espectador é verdadeiramente assustadora.
Não vou contar demasiado acerca do filme, senão estrago a história.
Digo apenas que a determinada altura o WALL-E chega à nave espacial de cruzeiro, onde a humanidade regrediu a sacos de carne com dedinhos que falam uns com os outros por messenger e nunca saem das cadeiras flutuantes.
Uma brilhante análise à sociedade de consumo.
Por entre dezenas de referências ao 2001: A Space Odyssey (1968) o filme consegue ser divertido, enternecedor e até mesmo assustador (para quem o quiser ver dessa forma).
Não é absolutamente fantástico em todos os aspectos, mas vale pela animação estupenda (sim, estou a repetir-me, mas não estou a exagerar) pelo seu minimalismo (durante os primeiros 30 minutos do filme não há diálogos) e pela história muito pouco infantil (um dos trunfos da Pixar)
0 comentários:
Enviar um comentário
<< Página Principal