sexta-feira, julho 4

Hancock

Esta noite fui ver o Hancock ao cinema.

Depois de uma semana a estudar que nem um doido, depois de um exame surreal e depois de mais uma tarde a estudar com menos de 4 horas de sono em cima, fui ver o Hancock ao cinema.

E compreendi a história!

O que diz muito acerca da história.

O que eu vos posso dizer a vocês a cerca da história... é toda a história! Porque mesmo no filme toda a história se resume a para aí 5 minutos de diálogo.

Hancock, o herói titular, é um vagabundo que é odiado pela sua cidade e quando encontra um agente de relações públicas, consegue restaurar a sua imagem e tornar-se muito popular.
Pelo meio destrói muitas coisas, descobre o seu passado, salva mais umas quantas pessoas, e está feito um filme!

Oh, é claro que há uns twists, mas são simultâneamente curiosos o suficiente para eu não vos revelar, e desinteressantes o suficiente para que, se não fossem curiosos, não valer a pena revelá-los!

É, no entanto, interessante fazer notar que este deve ser o primeiro herói negro da história do cinema a ter um papel principal sem outros heróis pelo meio.

Também é interessante ver que as personagems (muito secundárias) que no filme surgem como antagonistas (uma mulher na televisão e um bandido vingativo) são mostrados como sendo hill-billies sulistas, muito louros e muito desagradáveis.
Tirem daqui as vossas próprias conclusões.

Will Smith está muito bem no seu papel (tão bem quanto podia estar, na realidade) e a Charlize Theron deve ter querido comprar um avião a jacto, por isso aceitou entrar neste filme.
O principal actor secundário é tão insignificante e pouco impressionante que nem me vou dar ao trabalho de ir pesquisar o nome dele.

O filme até consegue ter algumas ideias engraçadas. Toda a coisa do super-herói numa crise existencial, o público a rejeitar os super-heróis...
Seria giro e original se já não tivesse sido feito (com uma mestria incomparável) há mais de 10 anos pela banda desenhada Watchmen, do Alan Moore.
Até achei a ideia da origem do Hancock, que não vou revelar, algo intrigante, com ponta por onde pegar, mas a verdade é que essa ponta não é explorada.
Nem nenhuma outra ponta ou ideia do filme. Tem só as ideias suficientes para poder dizer que tem uma história, e depois há explosões.

É um filme de pipocas, e pouco mais.
Recomendado para quando se tem o cérebro frito pelo estudo e a capacidade de compreensão está diminuída.



Edit: esta tarde enquanto estudava lembrei-me de outro filme que merece a honra de ter tido o primeiro super-herói negro: Blade (1998), com Wesley Snipes no principal papel. Pelo que me lembro, diverti-me mais a ver Blade do que a ver o Hancock.
O Spawn (1997), não conta.

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3 comentários:

a 04 julho, 2008 13:49, Anonymous Anónimo disse...

"O primeiro herói negro" - isto vem na onda do Obama.
Ah, e a Charlize Theron já é um avião a jacto (desculpem lá, mas esta veia de porco latino é difícil de controlar)

 
a 04 julho, 2008 18:35, Blogger Manuel Neves disse...

"Ah, e a Charlize Theron já é um avião a jacto"

Esta frase devia ser contra capa do próximo des1biga! Grande Bernardo!
Em relação ao tema dos super heróis, além do Watchmen (bom, maravilhoso, sublime e arrasador), recomendo vivamente o Civil War, da Marvel. é escrito pelo Mark Millar (o tipo que teve a ousadia de escrever uma história com o Super Homem...comunista!) e que é foi um óptimo avanço na contrução das personagens mascaradas.

 
a 04 julho, 2008 19:25, Anonymous Anónimo disse...

Não pretendo ver o filme mas suponho que o principal actor secundário insignificante seja o Jason Bateman (Juno e Arrested Development(bom bom bom))

 

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