quinta-feira, julho 24

Juno

A primeira coisa que fiz quando acabei de ver Juno (2007) foi ir pesquisar (brr) quem é que o tinha realizado e que outras coisas é que tinha feito.

Descobri que foi o Jason Reitman, e que o únic outro filme dele que eu vi foi o Thank You For Smoking (2005), uma comédia negra inteligentíssima.

Juno conta a história de uma adolescente, Juno (Ellen Page), de 16 anos, que fica grávida, para sua grande surpresa, do seu pai (J.K. Simmons) e da madrasta (Allison Janney).
Decide então encontrar pais adoptivos para o seu bébé, e acaba por encontrar Vanessa (Jennifer Garner) e Mark (Jason Bateman).
Seguem-se hijinks.

Juno é um filme doce e querido...

....

...no bom sentido!

A sério, é impossível não sorrir ao ver este filme!
É incrivelmente sincero e credível! A história está maravilhosamente bem escrita, as personagens estão extremamente bem caracterizadas!

O filme está cheio de pormenores deliciosos, como a cena em que Mark e Vanessa decidem a cor para o quarto do bébé e Vanessa está indecisa entre a cor "leite-creme" e "cheesecake" que são aparentemente idênticas.
Ou um grupo de atletas da escola, vestidos em fatos de treino amarelo e vermelhos, que passam a correr pela cena nas alturas mais aleatórias e despropositadas.

O que eu gostei acerca do filme é que não é um conto moralista acerca da gravidez na adolescência, ou sobre as maravilhas da maternidade, ou uma comédia tola acerca de uma adolescente com um bébé.
O filme consegue afastar-se inteligentemente destes clichés e, em vez disso, dá-nos uma história sobre relações humanas e sobre amor (é doce e querido, eu disse, mas é bom na mesma)

As interpretações são todas extremamente boas, sobretudo a de Ellen Page (que já tinha feito uma interpretação brilhante em Hard Candy (2005)). Esta miúda tem muito futuro!

De fazer notar ainda a interpretação de Jennifer Garner, como mãe sobre-zelosa, de J.K. Simmons, excelente como pai incondicional e de Jason Bateman como marido ambiguamente interessado (de fazer notar que aqui a interpretação dele consegue ser boa, ao contrário do que fez mais tarde em Hancock (2008) - obrigado ao I por me ter chamado a atenção!).

Finalmente, a música está perfeitamente apropriada ao filme. Soou-me a música geek, mas nenhuma que eu conhecesse (já estou a adquirir a banda sonora por uma forma absolutamente legal).

Em suma, vem à mente aquilo que o Jon Stewart disse na noite dos óscares:

"Does this town need a hug...? NO COUNTRY FOR OLD MEN, SWEENEY TODD, THERE WILL BE BLOOD. All I can say is, 'Thank God for teen pregnancy.' "

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2 comentários:

a 24 julho, 2008 20:57, Blogger T. disse...

Pronto, ja n me sinto culpada por ter gostado tanto. E a Vanessa era tão deliciosamente odiosa. =)

 
a 25 julho, 2008 01:41, Blogger Gui disse...

Também tive a sensação de que ela era odiosa!
Não consigo gostar dela, mas também não consigo vê-la como uma pessoa má.

Acho que é isso que o filme tem de tão bom: consegue tornar as personagens credíveis, nenhuma é totalmente boa ou totalmente má. Têm defeitos, como pessoas normais!

 

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