Proof
Proof (2005), foi realizado por John Madden (que também realizou Shakespeare in Love, em 1998). É baseado numa peça homónima da broadway, baseada na vida de John Nash. Etiquetas: Anthony Hopkins, geek, Gwyneth Paltrow, Hope Davis, Jake Gyllenhall, John Madden, matemática, Proof
Gwyneth Paltrow interpreta o papel principal, tal como também o interpretara no palco.
Eu diria que a interpretação dela neste filme é das melhores da carreira dela, se bem que não seja uma carreira que conheça bem.
Interpreta a sua personagem com uma força enorme. Porque é uma personagem normal, uma pessoa saudável, que vive na sombra da loucura do pai, e que não sabe se é mentalmente sã, ou não! E Gwyneth Paltrow transmite essa luta e essa fragilidade de uma forma muito poderosa.
Jake Gyllenhaal faz um bom papel, mas nada de especial.
Anthony Hopkins está brilhante, como sempre, e dá vida a uma personagem que não é de modo algum fácil de interpretar.
Hope Davis que interpreta a irmã da protagonista, faz um trabalho excelente de caracterizar uma personagem que é muito subtilmente louca e disfuncional, sem nunca o tornar óbvio nem exagerado.
Proof é um filme muito giro! Conta uma história que é muito simples, mesmo. Uma jovem matemática tem de cuidar do pai, antigo génio matemático que fica demente. Após a morte dele, a filha começa a questionar a sua própria sanidade mental, sobretudo com a chegada de um ex-aluno do pai que insiste que ele teria escrito um grande teorema matemático que se perdeu algures na sua loucura, e com a chegada da sua irmã que é menos saudável do que quer aparentar ser.
No meio destes conflitos interpessoais, surge, de facto, um teorema. Um teorema revolucionário, que ninguém sabe ao certo quem escreveu.
A história é concisa, directa, contada sem grandes artifícios (exceptuando alguns flashbacks para aumentar o suspense) e é totalmente suportada pelas interpretações.
O mais giro de tudo é que é um filme sobre matemática, e sobre geeks de matemática, que consegue, de uma forma genial, nunca ser sobre matemática.
Todo o filme por resultar numa obra muito, muito apreciável, com um ritmo cativante, uma música muito bonita, e interpretações que são do melhor que se vê por aí.
Recomendo!
2 comentários:
Vi-o há uns bons tempos no cinema. Gostei particularmente da Gwyneth Paltrow habitualmente calma e ligeiramente asténica o q é um bom ponto de interrogação acerca da sanidade, divergência e até genialidade mental, que é o que se pretende com esta personagem.
A história do filme está muito bem construída, porque conseguem, até muito perto do final manter o espectador na dúvida sobre se terá sido ela ou não a escrever o teorema.
Ou, como dizia o Edgar Allan Poe: "The question is not yet settled whether madness is, or is not, the loftiest intelligence."
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