Tentativa Breve
Sabe a azedo, a mediocridade
A mortalha que ninguem fuma
Que envolve a vida doente
De quem já nasce sem ter cura.
Vivem outros, agora e depois
Mas não os mesmos que foram
Porque o tempo não é memória
Quando não existem pelo menos dois.
E quando já não houver esperança
Deste morrer ou tentar
Que no sonho de uma criança
Ganhe sentido outro lugar.
Leonel Monteiro
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