segunda-feira, junho 12

Tentativa Breve

Sabe a azedo, a mediocridade
A mortalha que ninguem fuma
Que envolve a vida doente
De quem já nasce sem ter cura.

Vivem outros, agora e depois
Mas não os mesmos que foram
Porque o tempo não é memória
Quando não existem pelo menos dois.

E quando já não houver esperança
Deste morrer ou tentar
Que no sonho de uma criança
Ganhe sentido outro lugar.

Leonel Monteiro