Hoje cheguei a casa com as mãos a cheirar a tipografia, que é o cheiro da tinta acabada de ser estampada no papel, que trazem os jornais e as revistas quando ainda estão quentinhos da máquina, como o pão-com-chouriço a sair do forno às 4 da manhã nas padarias de emergência.
O tempo que os textos demoram a passar da pasta do computador para a editorial e desta para a rua escapa ao nosso controlo. Porque somos uma engrenagem, desde a redacção que inventa até ao Sr. João e à sua equipa que imprimem os nossos caprichos, passando necessariamente pelo Samuel que molda as páginas. E no entretanto todos os desencontros com o entrevistado, o fim-de-semana a desgravar a entrevista, as mortes não anunciadas que devemos cronicar, os esquemas rascunhados desaparecidos, etc. E depois o nervoso miudinho, a incerteza tenebrosa da qualidade de imagem, a revisão pós-impressão para averiguar a necessidade de errata...uff! E assim as rodas dentadas vão encaixando umas nas outras, melhor ou pior, e cá vamos andando!
E é assim que, no final de Janeiro de 2008, temos o nº 14, que versa sobre o Surreal. O meu destaque pessoal vai para a entrevista a Nuno Félix da Costa (na Transmissão Oral) e para o texto "Também Eu Sei História", na Janela de Expressão.
Um apelo aos colaboradores que não escreveram para esta que comecem já a pensar no vosso texto para o próximo número. E (mais) uma saudação ao Gama, que nos meteu nisto sem saber no que nos metia. Ou então, sabia.
PS : Os interessados em receber este número que estejam à distância (Erasmus e afins) deixem por aqui um comment com a vossa morada, mandem um mail ou assim.