sábado, dezembro 29

Um S Amarelo

«Talvez não saibas que temos agora uma lei que afasta oficialmente da função públia quem se recuse a prestar obediência aos princípios básicos da democracia liberal! Um quinto dos empregados da Alemanha Ocidental, desde condutores de comboios a professores como eu, são considerados não-gente pelos fascistas! (...) Eu não posso guiar um comboio se não quiser beber Coca-cola, bombardear a barragem do Rio Vermelho e napalmizar as crianças vietnamitas! Daqui a pouco vou ser obrigado a usar um S amarelo para toda a gente ficar a saber que sou socialista!»
John Le Carré, in Amigos Até ao Fim

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sábado, dezembro 8

And now for something completely different!

“(…)
Homem para quem
O nada disto custa
Será que existe
Lá para os lados do oriente

Este rio
Este rumo
Esta gaivota
(…)”
(ZECA)

Consomem-se os anos no surrealismo desatento de se ter estas palavras presas na alma sem delas retirar a essência, o ouro, a fraternidade. E assim vamos andando e o des1biga não morre... por enquanto. A morte antecipada sempre foi uma coisa má. Porque erra. A morte será outra, natural. Pr’a nos dar nostalgia e pensarmos que aqui talvez tenha havido um pouco desta ideia, um pouco do Zeca, um pouco de Utopia em todos nós. Continuamos frios. Muitas vezes. A arte e a política não se coadunam. Na arte vive-se a utopia, ou tenta-se. Não se respeitam os credos porque nos podemos rir de tudo. Não basta querer. Tinha de se sentir tudo, este ouro de que vos falo, o tempo todo. É prepotente fazer premonições, mas diz-me que estou vivo. Continuemos. Alegro-me de saber que daqui a alguns anos, ombros genuinamente amigos vão per-sis-(exis)tir.