segunda-feira, agosto 25

Cem Filmes

Mostro-vos, tal como o meu amigo Nelson mo mostrou:

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sábado, agosto 23

Hellboy II: The Golden Army

Tenho de admitir que fiquei sinceramente surpreso quando fui pesquisar (agh!) os filmes que Guillermo Del Toro tinha realizado, e descobri que realizou 9 filmes, mas que apenas 3 ou 4 deles serão razoavelmente conhecidos (e são só os mais recentes). Desses 9 eu vi 5 (incluindo o de hoje), mas não fazia ideia que tinha sido ele a realizar o Mimic (1997).

São eles:

# Hellboy II: The Golden Army (2008)

# Laberinto del fauno, El (2006)

# Hellboy (2004)

# Blade II (2002)

# Espinazo del diablo, El (2001)

# Mimic (1997)

# Cronos (1993)

# Geometria (1987)

# Doña Lupe (1985)


O filme mais recente de Del Toro é o Hellboy II, e é dele que vos falo hoje.
A primeira coisa, e a mais importante a ser dita, é que o Hellboy II (2008) é melhor que o Hellboy (2004).
A segunda coisa mais importante é que não é assim tão melhor quanto isso.

A história está mais engraçada, razoavelmente mais bem construída e também consegue ser mais interessante. Apesar disso há certos aspectos que parecem bastante forçados, tal como a princesa que é guardiã de uma peça essencial para activar um exército indestrutível ser quase incompetente em fugir do mau da fita (que é o irmão) e o irmão ser quase incompetente em voltar a apanhá-la.
Falha também em tentar ter piada. Algumas vezes consegue ter piada, e outras vezes não, mas o problema é que o filme não precisava de ter piadolas. Passava perfeitamente bem sem elas e, como tal, só vêm destruir a atmosfera que tenta ser criada.
A história também falha na sua tentativa de meter romance à mistura. A relação entre Hellboy e Liz Sherman está exagerada e pouco credível, bem como a paixão súbita entre Abe Sapien e a Princesa Nuala.

As interpretações são razoáveis. Ron Perlman continua excelente como Hellboy e Selma Blair faz uma muito boa interpretação de Liz Sherman.

As sequências de acção são muito boas, e os efeitos especiais são normalmente bons.

Mas aquilo em que o filme brilha realmente é nos ambientes e na sua estética.
Guillermo Del Toro pega em tudo o que aprendeu com o El Laberinto del Fauno (2006) e aplica-o a este filme. As roupas, os cenários, as criaturas estão todas extremamente bem desenhadas e bem construídas, de modo a que temos realmente a impressão de ter entrado num mundo de conto de fadas violento (como eram originalmente os contos de fadas).
Toda a estética escura, de cores vivas e formas estranhas que Guillermo Del Toro cria está extremamente credível e é incrivelmente interessante de se ver. Tenho vontade de ver várias sequências do filme de novo (sobretudo a do Troll Market) só para poder procurar pormenores nos figurantes.

Não é um mau filme. Mete os pés pelas mãos em vários aspectos, mas vale a pena ser visto só pela componente visual!



Ps: para a opinião de um geek de banda desenhada acerca do filme, vejam os comentários.

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terça-feira, agosto 19

Get Smart

Eu lembro-me de ver o Get Smart original de 1965 na RTP Açores, devia eu ter uns 12 anos.
Já na altura consegui aperceber-me do humor ingénuo e meio tolo de que a série se servia, e já tinha visto Missões Impossíveis e 007s suficientes para me aperceber das referências e dos gozos.

John Segal conseguiu pegar no conceito da série original e dar-lhe uma volta, actualizando-o.
O humor está mais moderno, por vezes mais subtil, a história é mais elaborada, o ritmo está mais acelerado, há mais acção e mais actores conhecidos.

O que é uma pena, porque o que eu queria mesmo era humor ingénuo, meio tolo, e referências.

O Get Smart de 2008 consegue não ser um mau filme. Tem algumas piadas muito bem conseguidas, as cenas de acção estão razoáveis e as interpretações estão muito boas.
Mas, como tal, é só um filme medíocre. Só mais um.

A grande força do Get Smart de 2008 era o Get Smart de 1965. E os escritores não souberam aproveitar isso. (ou não quiseram, ou não os deixaram)

Quando fui ver o filme ao cinema (sim, fui ver isto ao cinema... não havia nada melhor!... que eu já não tivesse visto... era este ou o Múmia 3. que eu não digo que não veja, mas esse recuso-me mesmo a pagar para ver) estava à espera do mesmo tipo de humor que estava na série original!

A série original não tinha piadas sobre homossexualidade! não tinha perseguições de carros em linhas de comboios e aviões a voarem baixinho!
Não estou a dizer que as sequências de acção estavam mal feitas, mas não eram o que eu tinha ido ver!

Dito isto, o filme não é mau de todo.
Como já disse, tem algumas piadas muito boas (não as suficientes) e excelentes interpretações.

Steve Carell (que começou a sua carreira no Daily Show) dá-nos mais uma excelente interpretação, afirmando-se novamente como a mais recente e refrescante estrela de comédia americana.
Alan Arkin está fantástico como sempre. Terence Stamp dá-nos um arquétipo de vilão perfeito (se bem que com pouco tempo de cena, merecia mais) e Ken Davitian faz um capanga patusco.
Temos cameos de David Koechner, Patrick Warburtun, Larry Miller e Kevin Nealon (quase todos do Daily Show).
Até Dwayne Johnson (The Rock) consegue estar quase tão bem como o O.J. Simpson estava nos Naked Gun.

No geral é um filme razoavelzinho, que podia ter sido muito melhor se tivesse feito aquilo que era suposto ter feito.

Deixo-vos com o trailer do filme e aquilo que eu conseguir encontrar da série original, para compararem.







sábado, agosto 16

Pergunta:

Se o futebol é uma modalidade olímpica, porque é que os jogadores portugueses de que ouvimos tanto falar não estão lá a jogar?

Portugal tem sequer uma equipa de futebol nos jogos olímpicos?

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sexta-feira, agosto 15

Extras

Comecei por escrever este texto com uma auto-crítica aos meus posts habituais, mas depois cheguei à conclusão que estava a ser tão honesto e preciso que se tornava demasiado deprimente.
Por isso vou assumir que se me lêem é porque me acham piada e estão de alguma forma interessados no que tenho a dizer.

(a não ser que sejam daquelas pessoas que viam o João Baião no Big Show Sic só para terem o prazer de poder passar uma hora e meia a queixarem-se de quão maricas ele era. sempre achei que isto era mais ou menos como cheirar rapé - enfiar propositadamente um produto irritante pelo nariz acima só para ter o gosto de o expulsar num espirro animalesco)

De qualquer modo.........

Extras (2005) é a segunda série de Ricky Gervais (que antes tinha escrito e participado na maravilhosa série The Office de 2001).

Extras segue Andy Millman (Ricky Gervais) e Maggie Jacobs (Ashley Jensen), dois figurantes profissionais, que lutam por se tornarem actores a sério.
Andy e Maggie são as caras que estão nas multidões, são o carteiro que tem uma fala no filme e a cortesã que segura a saia da rainha. São as caras de que nunca nos lembramos quando vemos um filme.
Estão nos estúdios de filmagens, mas ninguém lhes liga nenhuma porque são só figurantes, são maltratados e minimizados porque não são actores a sério.
Maggie não é tola, simplesmente não pensa muito nas coisas. Andy é um actor a sério, e só é um "artista de segundo plano" (como se chama a si próprio) porque está à espera da sua grande oportunidade para entrar num filme.
Durante os 6 episódios da primeira série de Extras, Andy e Maggie participam em várias produções cinematográficas, encontram variadas estrelas do cinema e da televisão e conseguem, sistematicamente, estragar todas as suas oportunidades para subirem na carreira.

À semelhança de The Office (que, a sério, é uma verdadeira pérola, e quem não viu não sabe o que está a perder) Extras vive à custa do humor constrangedor.
Não há piadas, não há punchlines, não há exageros.
Só há situações dolorosamente verossímeis de desconforto social, de conversas surreais, de pessoas a meterem os pés pelas mãos e a dizerem a pior coisa possível no pior momento possível e ainda assim a tentarem safar-se airosamente, mas a falharem inevitavelmente.

Imaginem-no assim: sabem quando nas comédias românticas a personagem masculina queridamente desajeitada se aproxima da personagem feminina inicialmente relutante, e diz algo do género "Comprei-te flores" e ela responde "O cartão diz És a Melhor Mãe do Mundo!?" e ele diz "Whoops!" ela ri-se enternecida com o erro dele e subitamente mudam de tema de conversa?
Em Extras ela não se riria, e ele teria de tentar arranjar uma desculpa honesta para se ter enganado, enterrando-se a cada palavra.

É extremamente difícil de escrever comédia desta forma, mas Ricky Gervais e Stephen Merchant fazem-no com uma mestria e uma precisão apuradíssimas.
Acabamos por nos rir da piada que não está lá. Rimo-nos de quão dolorosa e embaraçosa aquela situação é para a personagem!

Para além disto, Extras consegue ter em cada episódio, um actor verdadeiro a fazer de si mesmo!
Na primeira série entram Ben Stiller, Kate Winslet e Samuel L. Jackson entre outros, com quem Andy e Maggie acabam por interagir, dizendo sempre as coisas mais inapropriadas (o diálogo sobre racismo com o Samuel L. Jackson está particularmente delicioso).
Mas o mais giro é que estes actores aceitam fazer caricaturas de si mesmos. E o mais assustador é que mais uma vez estas caricaturas são plausíveis!

Eu podia passar o resto da noite a escrever, mas é muito difícil transmitir o humor de uma série que não tem piadas.

Deixo-vos com alguns excertos:








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domingo, agosto 10

Jogos Olímpicos 2008 - China

....mas simultaneamente...