quarta-feira, dezembro 30

The Man From Earth



Este filme vem relembrar-me de que o cinema é simples. Não é preciso muito.
Uma boa ideia bem escrita, actores capazes de a fazer funcionar e algum dinheiro para o equipamento.

The Man From Earth é um exemplo típico disso.

Escrito por Jerome Bixby, autor de vários episódios de Star Trek e Twilight Zone, The Man From Earth foi o seu último filme.

E a simplicidade e eficiência da escrita (bem visível, sobretudo, nos episódios da Twilight Zone) são claros na história deste filme, que começa com a premissa algo simples de como seria um homem que não morresse.

O filme passa-se inteiramente durante a festa de despedida improvisada da personagem principal, John Oldman, que decide propôr aos seus colegas cientistas a possibilidade de uma pessoa que não morresse, e que estivesse viva desde o paleolítico.

Filmado num cenário minimalista (até a mobília vai sendo removida ao longo do filme) com uma mão cheia de bons actores (todos eles ilustres desconhecidos, vindos de dezenas de papéis secundários de outros filmes e aqui finalmente com o protagonismo que merecem) o filme explora não só as iterações lógicas da existência de um homem imortal, mas também as diferentes reacções emocionais que cada personagem tem perante a ideia.

O filme faz excelente uso da luz e da música (limitada a alguns momentos chave) para transmitir a intensidade com que algumas das ideias são discutidas.

Não é um filme brilhante, mas é definitivamente uma pequena pérola que corre o risco de nunca ser apreciada.

Os actores do filme, célebres secundários, são:

- David Lee Smith
- Tony Todd
- John Billingsley
- Ellen Crawford
- Annika Petersen
- William Katt
- Alexis Thorpe
- Richard Riehle

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terça-feira, dezembro 29

Twilight

Eu IA escrever uma crítica acerca deste filme, mas depois descobri que alguém já o tinha feito!

Dou-vos: a única crítica ao Twilight de que podem alguma vez precisar!



Ps: lembram-se daquele post onde eu falava do City of Ember e mencionava actores enconados que não sabem actuar? Podem juntar o Robert Pattinson à lista.




























Pps: eu não vi o Twilight.



























Ppps: ... a sério, acham que eu ia fazer uma coisa dessas a mim mesmo? Depois daquela vez que snifei gengibre em pó que prometi a mim mesmo que nunca me ia sujeitar a tamanho sofrimento.



























Pppps: também prometo parar de fazer piadas à volta do post scriptum.
































Ppppps: O Mike Myers dizia que se mantivermos uma piada durante tempo suficiente.




































Pppppps: Primeiro ela tem piada.
































Ppppppps: depois perde a piada.








































Pppppppps: Mas depois...




































Ppppppppps: volta a ter piada outra vez.









































Pppppppppps: Isto acontece porque a piada deixa de ter piada por causa da piada original e passa a ter piada por se ter tornado tão longa que a suspensão de incredulidade quebra-se, e passamos a rirmo-nos DA piada e não COM a piada.





































Ppppppppppps: continuam a ler?







































Pppppppppppps: eu não vou dizer mais nada de jeito...













































Ppppppppppppps: não que alguma vez tenha dito alguma coisa de jeito!






































Pppppppppppppps: a sério, não vou escrever mais nada!







































Ppppppppppppppps: AGORA é que não vou escrever mais nada!!!




































Pppppppppppppppps: se você leu até agora habilitou-se automaticamente a receber um DVD do Twilight!


























































Ppppppppppppppppps: ...que é para aprender.

Alice in Wonderland



>limpar a baba<

Ps: quando eu não andar por cá, o Mero Vislumbre da Estupidez é uma excelente fonte de trailers e coisas fixes no geral!

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domingo, dezembro 27

Morgan Freeman

Sim....

É o Morgan Freeman.

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sexta-feira, dezembro 25

The Phantom of the Opera (2004)


Deparo-me muitas vezes com pessoas que não gostam de musicais. De nenhum musical! Só porque são... musicais!

Amigos meus, que eu sei que têm bom gosto e sensibilidade cinematográfica, franzem a sobrancelha e fazem cara feia se alguém menciona ver um musical.

E eu até que compreendo, sobretudo depois de ver o Phantom of the Opera!

Notem que eu não estou a dizer que o Phantom of the Opera seja mau! Antes pelo contrário! É exactamente por ser o paradigma de um bom musical que os meus amigos que não gostam de musicais não gostam deste musical!

(musicol)

Para compreendermos um musical temos de voltar às bases.

Eu falo imensas vezes do entretenimento, e de como ele é o fundamento do cinema.
Mas antes de haver cinema as pessoas também se entretiam! Mas como??!

De uma forma muito simplista: as pessoas gostam de histórias, por isso inventaram o teatro, gostam de música por isso inventaram os concertos. Recorrendo à regra do Pirata Ninja Robot Zombie é fácil compreender que muito rapidamente as pessoas tenham pensado que teatro + concerto = mais divertido ainda!!!
E assim nasceu a Ópera! Que não é mais que a amálgama de duas formas de entretenimento básicas.

Depois surge a tecnologia que permite captar imagens (mais tarde também som) e o que é que as pessoas fazem?

(teatro + concerto) + cinema = musical!

(musicol)

Os primeiros filmes a preto e branco eram comédias ligeiras de slapstick que eram acompanhadas de música.

A criação do género do Musical era não só lógica, como inevitável. E, de muitas maneiras, é extremamente representativo do fundamento do cinema.

Ora, porque é que muitas pessoas não gostam de musicais?
Exactamente porque funcionam muito explicitamente com estas regras básicas, e é compreensível que cinéfilos inteligentes se deixem levar pelo pensamento de "se é simples e básico, não é bom".

Mais ainda do que isso, os musicais têm aquele aspecto de começar-a-cantar-espontaneamente-sem-razão-aparente que pelo seu exagero e inverosimelhança quebra demasiado a suspensão de incredulidade da maioria dos espectadores. Quando isso acontece, naturalmente, como com qualquer obra que quebre a suspensão de incredulidade, o público desinteressa-se e vê de facto quão ridículo aquilo tudo é.

No entanto, se conseguirmos ultrapassar estes obstáculos, espera-nos todo um mundo fantástico e piroso de musicais para explorar!

Muito rapidamente: o Phantom of the Opera, realizado pelo Joel Schumacher e escrito e composto pelo Andrew Lloyd Webber (progenitor do musical contemporâneo), tem músicas extremamente boas (parece uma ópera rock), interpretações excelentes (dentro do género) de actores como o Gerard Butler (Leonidas no 300), Patrick Wilson (Dan Dreiberg no Watchmen) Emmy Rossum e Minnie Driver (num papel pequeno mas brilhante), para além de ter uma fotografia fantástica.

Eu continuo a achar que a vida era muito mais interessante se fosse mais como um musical.

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domingo, dezembro 20

Avatar

O vosso crítico de cinema está de volta!

Porquê o longo interregno, perguntarão? Bem, o 6º ano dá trabalho!

Anyhoo, finalmente tenho algum tempo livre para poder escrever e por isso vou voltar a expurgar diarreias mentais sobre coisas de que gosto, porque assumo que toda a gente está interessada!



Avatar...

Nunca seria fácil escrever sobre este filme, sobretudo devido a todo o hype que recebeu.

Eu sou da opinião que este filme é quase perfeito.

Uma afirmação corajosa, eu sei, mas deixem-me explicar.

O cinema é, na sua essência mais pura, entretenimento. Está bem que pode ter ideias e conceitos muito complexos e transportar mensagens muito profundas, mas quem quer que negue a ideia de que o cinema surge e existe para entreter não percebe nada do assunto.

É sob este ponto de vista que os filmes do Indiana Jones são perfeitos.
Perfeitos do ponto de vista cinematográfico.

E vou tentar explicar o que é que quero dizer com isto.

Para se fazer um filme é preciso recorrer a uma data de ferramentas. Seja a escrita do argumento, ou a interpretação dos actores, ou a fotografia, o som, a realização, os efeitos especiais... uma data de coisas.

Eu considero que um filme é tanto melhor quanto mais alto o nível de cada um destes aspectos. Isto, obviamente, de um ponto de vista puramente tecnicista. Naturalmente que existem reacções emocionais puramente viscerais aos filmes que ultrapassam todos estes aspectos.
Mas partindo do princípio que todos estes aspectos servem exactamente para provocar essa reacção emocional, então a distinção torna-se menos clara.

Porque é que eu digo que o Avatar é perfeito?

Porque, em primeiro lugar, o aspecto visual do filme é brilhante. Isso é inegável sob qualquer ponto de vista.
O filme é uma longa orgia de eye-candy, com cores e cenários absolutamente estonteantes.

Habitualmente quando um filme se esforça muito por tornar o aspecto visual/efeitos especiais muito preponderante, os outros aspectos sofrem com isso.

No entanto estamos a falar de um filme do James Cameron, que já deu provas mais que suficientes que é um grande realizador.

Portanto, para além do espectáculo visual que o filme é, temos também uma história sólida, interpretações razoáveis e um ritmo e montagem excelentes.

O que é que isto nos faz lembrar?

Star Wars?

Sim, eu estou de facto a comparar o Avatar ao Star Wars!!! Outra afirmação corajosa!

Mas temos a mesma história sólida e arquetípica do bem contra o mal, personagens estereotípicas, uma sensação épica e efeitos visuais de vanguarda.

Confiem em mim quando vos digo que este filme marca um ponto importante na história do cinema.

De resto, porque é que o filme é tão absolutamente fantástico? Porque usa a regra do Pirata Ninja Robot Zombie, que estipula que a fixeza total de uma coisa é maior do que a soma da fixeza das suas partes.

Este filme é uma combinação de Dances with Wolves, Braveheart, Starship Troopers, cultura norte americana, exobiologia, Starcraft, Gears of War e até um bocadinho dos memes artísticos acerca de dragões que surgiram nos últimos anos.

É uma combinação quase epiléptica de coisas fixes! Que resulta estupidamente bem!

Se as pessoas conseguirem admitir que vão ao cinema para se divertir, e aceitarem este filme pelo que ele é, então estão preparados para uma experiência muito inesquecível!



Ps: após ter lido o feedback de alguns membros do próprio Des1biga (estou a olhar para ti Lara) decidi escrever mais uma ou duas linhas.

Ao mesmo tempo que James Cameron preparava o filme, preparava também o jogo. Mas pelo que eu vi das críticas, o jogo galha exactamente onde o filme é forte. Ou seja, ao passo que o filme consegue ter muitos aspectos bons para além dos efeitos especiais, o jogo tem sobretudo o visual enquanto que outros aspectos como a jogabilidade, a progressão no jogo e a mecânica de jogo são inconsistentemente inferiores.

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